PEIXE

Foi o Romário, aquele grande jogador de futebol quem primeiro usou o termo “peixe” como sinônimo de amigo, protegido, comparsa. “Fulano é meu peixe”.

Agora o real sentido da expressão “peixe fora d´água”, só tive durante um almoço. De ambos os lados sentaram-se pessoas que eu não conhecia. Deveriam ser amigos, conversavam o tempo todo sem se importar comigo no meio deles. Ofereci trocar de lugar, mas eles recusaram. De repente um falou “ele é peixe pequeno” e eu acrescentei – “lambari”. Olharam-me feio, e prosseguiram.

“Olho de peixe morto”, era uma prima do meu pai, que fazia charminho para ele com os olhos ligeiramente cerrados, despertando o ciúmes e o ódio de minha mãe. Lá em casa quando se referia a ela minha mãe dizia – “se a olho de peixe morto for,  eu não vou”.

E por falar em peixe, vou dar uma dica para os cientistas transgênicos e modificadores genéticos: Por que não desenvolvem, um peixe sem espinha? Iria facilitar a todos, aos garçons dos restaurantes, às mamães que limpam para os seus pimpolhos… “ela é um espinho de peixe atravessado na minha garganta”, não teria mais sentido.

Não há ninguém com mais de 50 anos que não saiba o que é um carrão “rabo de peixe”. Com o porta malas imenso, e duas pontas salientes, uma de cada lado. Pode parecer incrível, mas eu já achei esse carro o máximo. Um vizinho tinha um o que despertava em mim uma certa dor de cotovelo. Ele sabendo disso, quando passava, me dava um chauzinho.

E nas canções: “peixe quer mar… menos peixe a nadar no mar, do que… ou é doce morrer no mar… opa!”  A onde está o peixe nesta canção?

No mar é claro.

Tem peixe que subiu na escala social. Por exemplo a tilápia passou a se chamar “Saint Peter”.

Tem signo de peixe, tem “filho de peixe peixinho é”, tem vaca que morreu afogada quando se apaixonou pelo peixe boi, mas o que eu quero escrever agora é do “peixe que morre pela boca”. Ele está  lá na água, tranquilo quando de repente surge na sua frente uma minhoca, ou um camarão, paradinhos, prontos para serem engolidos, sem muito esforço. O peixe resolve saborear aquele quitute, mal sabe ele que o pescador traiçoeiro, colocou um anzol, só para fisgá-lo. Sacanagem.

De tanto falar em peixe, fiquem faminto. Que tal jantar um peixe espada, com uma farofinha de banana?

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