A COR VERMELHA

 

Tenho muito dó da cor vermelha. Ela não é feia nem nada, pelo contrário, é lindíssima.

A questão é que ela foi escolhida para representar a maioria das coisas chatas.

O sinal de PARE do farol por exemplo. É como se o amarelo fosse aquele amigo sacana que sai correndo e te larga lá, olhando a bola vermelha alaranjada, frustrado.

O vermelho também é a cor escolhida para representar as piores coisas da escola.

A caneta do professor que estampa aquele X na prova. Chega a esquentar o papel. E o que dizer das “notas vermelhas” no boletim? É o atestado de burrice.

O vermelho, coitado, também é usado quando a sua situação financeira está ferrada:

⁃ “Esse mês estou no vermelho. ”

E até no futebol, aquele cartão queimando o bolso do juiz e que vai ferrar a vida do jogador é, advinha? Sim, vermelho.

E no relógio do carro, a cor que aponta a falta de gasolina é o vermelho. Desagradável.

E a luz vermelha que aparece na hora de “nada a declarar na alfândega”? Ferrou.

Tem o vermelho da raiva, do ódio, da vergonha.

Uma das justificativas é que vermelho é uma cor forte, de aviso.

Mas porque não usar outras cores como aquela cor fosforescente dos aeroportos?

Seria muito bom para o vermelho dividir o fardo.

Porém tudo tem dois lados e essa vida é justa (até no mundo das cores).

E por isso, o vermelho tem uma missão importantíssima, que nenhuma outra cor tem: a de representar o AMOR!

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